domingo, 23 de agosto de 2015

O Leigo: homem da Igreja no mundo - Por Cláudio Guimarães Pereira

Coordenador Diocesano das Comunidades Eclesiais

Por leigos entendem-se, aqui, todos os cristãos, com exceção dos membros da ordem sacra ou do estado religioso reconhecido pela Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados em Cristo pelo Batismo, constituídos em povo de Deus e feitos participantes, a seu modo, da função sacerdotal, profética e real de Cristo, exercem, pela parte que lhes toca, na Igreja e no mundo, a missão de todo o povo cristão. (Constituição Dogmática Lumem Gentium 31)
Eu não conseguiria imaginar a Igreja sem o trabalho dos leigos e leigas, pessoas que dedicam parte do seu tempo no trabalho, na missão de pregar e testemunhar o Evangelho de forma que atinja o mais profundo do coração daqueles que ainda titubeiam na fé e no amor a Jesus Cristo.
A nossa missão nasce do sacerdócio, profético e real de Cristo e pelo Batismo somos chamados a dar este testemunho nas diversas pastorais, junto ao povo de Deus. Somos convidados a sermos profetas, ajudando a construir uma sociedade que cultive o diálogo, a fraternidade, a paz. Somos também convidados a buscar a santidade pela Oração, reflexão da Palavra, a Eucaristia e o nosso agir.
Muitas vezes a dificuldade está no clericalismo, o fanatismo, o saudosismo ou, até mesmo, um apego exagerado à tradição, que imobilizam a Igreja local deixando sem ação ou imobilizando a ação do leigo.
O Reino de Deus é uma realidade que precisa ser anunciada de forma ampla e sem amarras, derivada muitas vezes dos pecados capitais.
Parabenizo a todos pelo trabalho de amor na Igreja e termino com um pensamento do Papa Francisco: “Quando não há profecia no Povo de Deus, o vazio que fica é ocupado pelo clericalismo”.