domingo, 14 de setembro de 2014

Solenidade da Exaltação da Santa Cruz.

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Evangelho Jo 3, 13-17
“Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.
(Jo 3, 17)
A solenidade de hoje celebrada em nossa Igreja destaca a importância da Cruz do Senhor Jesus. Ela é exaltada, ela se destaca no contexto do Mistério da Salvação, por se tornar o sinal visível do amor de Jesus Cristo por nós. Todas as três leituras evidenciam o poder da cruz: na primeira leitura a cruz está presente no simbolismo da serpente de bronze que Moisés manda levantar no deserto, para ser sinal de vida aos que haviam sido ofendidos pelas serpentes. Na carta aos Filipenses há a lição profunda que o Salvador deixa para toda a humanidade, ao se rebaixar, torna-se humilde e obediente até a morte de cruz para nos dar a vida. Na conversa de Jesus com Nicodemos, no evangelho de João, é o próprio Jesus confirmando que sua morte na cruz seria para a salvação e não para a condenação do mundo.
Deus é glorificado na maneira como seu Filho Jesus deu a vida por amor a nós. Por isso devemos levar à prática de nossa vida cristã esta proposta que o próprio Jesus deixou muitas vezes no coração dos que o ouviram e que ressoa hoje também para nós: “E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim” (Mt 10, 38). Não devemos enxergar a cruz com desprezo ou com medo, mas procurar compreender o mistério do amor de Deus que se revelou na cruz.
Por isso a cruz será sempre a força e a glória de Deus, como também um sinal expressivo para o mundo em que hoje vivemos. Percebe-se que no contexto secularizado em que hoje vivemos, há pessoas que têm medo da cruz de Jesus Cristo. Querem que ela seja retirada de locais públicos, alegando que nosso mundo não precisa mais deste sinal! Quando se tira este sinal, que  então nós, cristãos, sejamos sinais vivos do amor de Deus por onde estivermos. Levá-la em nosso peito, trazê-la em nossas casas, deverá ser sempre um sinal vivo de que a amamos e queremos também viver sua lição de vida.

D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano.