Evangelho Mc 4, 35-41
“Eles sentiram grande medo diziam uns aos outros: Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”
(Mc 4, 41)
Além das curas realizadas e dos espíritos maus que são dominados, Jesus igualmente se sobrepõe às forças da natureza. Seu domínio sobre a força do mar deixa os discípulos assustados e admirados. O mar sendo dominado por Jesus mostra que o Filho de Deus estará sempre ao lado dos que sofrem necessidade. Questionados por Jesus pela falta de fé, os discípulos devem ser os primeiros a crer na presença constante do Filho de Deus junto a eles, como aquele que é capaz de ter misericórdia e ser atento às necessidades dos seus seguidores mais próximos.
No mundo de hoje sabemos que a ciência avançou muito em seus conhecimentos sobre as forças da natureza. Às vezes a forças naturais não metem mais medo nas pessoas. Mesmo diante de catástrofes como terremotos, tornados, os homens querem dominar estas forças por si mesmos, não reconhecendo a ação divina em situações inesperadas para a humanidade. E, diante das calamidades, ficará sempre uma proposta colocada em nossos corações, de sermos solidários e capazes de nos abrir em ajuda às pessoas necessitadas. Deus quer agir, fazendo o bem através de nossos gestos de caridade fraterna.
Nosso Deus não é um deus de falsas seguranças humanas. Ele aponta os caminhos para que possamos com equilíbrio e inteligência tratar dos fenômenos naturais e sempre tirar lições de vida diante destes acontecimentos. O sofrimento, o desespero, as dificuldades do dia-a-dia deverão nos levar a nos colocar nas mãos de Deus, manifestando nossa confiança, mas também a procurarmos as causas de tantos males acontecidos na humanidade em conseqüência da ambição e da prepotência entre os seres humanos.Â
D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano