Evangelho Mc 1,12-15.
“E Ele ficou no deserto durante quarenta dias e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos O serviram”
(Mc 1,13)
Na quarta-feira de cinzas iniciamos nossa preparação para a Páscoa. Teremos oportunidade de fazer a experiência de Jesus, que assumiu o projeto de salvação da humanidade, o qual necessariamente passaria pelo sofrimento e morte de cruz, para se chegar à vitória com a ressurreição. No primeiro domingo da Quaresma o evangelho nos mostra que Jesus foi levado ao deserto para ser tentado pelo demônio. Mas supera as tentações e inicia seu compromisso com o anúncio da chegada do Reino de Deus, para o qual será necessária a devida conversão.
A palavra de Deus do domingo destaca igualmente a proposta de Deus marcada como uma aliança entre Deus e seu povo na pessoa de Noé. Ele e sua família serão salvos das águas do dilúvio. Na Igreja o sacramento do Batismo é a oportunidade que cada pessoa pode fazer individualmente, sentindo-se amada e acolhida por Deus, tornando-se seu filho ou sua filha e assim se comprometendo a viver de acordo com as propostas do Senhor. Por isso que o tempo da Quaresma aponta para a necessidade da experiência da conversão, de vencer as tentações para experimentarmos a vida nova da graça que o Senhor nos dá.
Também a CNBB sempre nos propõe no tempo quaresmal a realização da Campanha da Fraternidade. Ocasião propícia para retomarmos com maior sinceridade nossa vida cristã e de nos abrirmos à prática da caridade e do compromisso social com nosso povo. Neste ano a Campanha da Fraternidade nos apresenta o Tema: Fraternidade: Igreja e Sociedade. E o Lema: “Eu vim para servir” (Mc 10, 45). A Igreja se preocupa com a situação em que estamos vivendo, conscientes da necessidade de mudanças concretas na vida de nossa sociedade como um todo: em nossas pequenas comunidades, na Diocese, no país.
D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano
