domingo, 28 de dezembro de 2014

Solenidade da Sagrada Família

Evangelho Lc 2, 22-40

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“Este menino vai  ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição... Quanto a ti,uma espada te traspassará a alma”.
(Lc 2, 34)
O domingo que se segue ao dia de Natal celebra a Sagrada Família. E na passagem do Evangelho está descrito o acontecimento da apresentação do Menino Jesus ao Templo, como cumprimento de uma lei do povo judeu: o filho masculino primogênito será consagrado ao Senhor. José e Maria eram tementes a Deus e procuram cumprir esta determinação. No Templo são acolhidos pelo velho Simeão e pela profetiza Ana, que vêem cumpridas as promessas do Senhor. Seus olhos puderam ver a salvação de Israel. Mas, ao mesmo tempo, as palavras de Simeão, prevêem a realidade de sofrimento e de dores pelas quais aquela família deveria passar.
Nem tudo serão paz e serenidade na Sagrada Família. Ela passará pelos sofrimentos do exílio e das perseguições. José e Maria acompanham Jesus, dando-lhe segurança enquanto ele fora uma criança e jovem junto a eles na vida em Nazaré. Nas narrativas dos evangelhos também vemos que Maria o acompanha durante sua missão pública, está ao seu lado no momento da morte da cruz. Foi sempre solidária e participativa na vida do Filho.  
Estamos em outro contexto na realidade de hoje, mas certamente nossas famílias também passam por momentos de alegria e exultação, como também por dias de sofrimentos e de desespero. Da Sagrada Família vem a inspiração para que nas famílias cristãs nunca faltem a fé e a confiança em Deus, que as constituiu para realizarem suas missões no mundo de hoje. Também é de Deus que provêm as ajudas necessárias para a superação dos desafios: o diálogo, a compreensão, o perdão, a oração em família, a participação na vida sacramental, o apoio de movimentos eclesiais que direcionam suas ações para as famílias, para os casais, para os jovens, tudo é presença da graça de Deus a favor da família! Família é o melhor lugar em que podemos viver a bondade de Deus manifestada nos gestos de acolhida e de carinho de esposo para com a esposa, de pais para com filhos, de filhos para com seus pais e de irmãos entre si.
D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano