domingo, 19 de julho de 2015

XVI Domingo do Tempo Comum

Evangelho Mc 6, 30-34
“Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”
(Mc 6, 34)
Voltando de sua missão os doze falaram a Jesus tudo o que havia acontecido. Jesus gostaria de lhes reservar um momento de descanso, mas viu grandes multidões que os esperavam, ávidas de ouvir os ensinamentos de Jesus. As multidões procuram por Jesus e para conhecer os segredos do Reino, como também para serem conduzidas por um bom pastor. Na pessoa de Jesus se realiza aquilo que fora o sonho do Povo de Israel: encontrar um pastor em que se pode confiar. Concretizam-se as promessas do Reino. Todos procuram segurança e nova vida em Jesus Cristo, porque Ele tem um ensinamento novo e sua ação é movida pela compaixão para com todos que d’Ele se aproximam.
Assim a Sagrada Escritura descreve a figura do pastor: deve ser um homem forte, capaz de defender seu rebanho contra os animais ferozes. Também é delicado e atencioso para com suas ovelhas, conhecendo sua condição, amando cada uma como se fosse uma filha querida. Sua autoridade é indiscutível, baseada na dedicação e no amor. Diante das infidelidades dos pastores, Deus mesmo se revela como o pastor do seu povo, na descrição profunda e precisa do Sl 22, “O Senhor é o pastor que me conduz não me falta coisa alguma” (Sl 22, 1).
Toda a ação pastoral da Igreja deve revelar o cuidado para com aqueles que desejam conhecer e seguir a Jesus. Nas pastorais organizadas, nos movimentos eclesiais, no testemunho dos cristãos sempre deve aparecer a atenção para com todos, principalmente com os mais esquecidos e marginalizados de nossa sociedade, porque é a eles que em primeiro lugar é anunciado o Projeto de Jesus Cristo.
Dom Célio de Oliveira Goulart