Em 1562, ela funda em Ávila o convento reformado sob o patrocínio de são José. Cinco anos depois, um outro decisivo encontro: João da Cruz, o príncipe da teologia mística. Os dois foram feitos para se entenderem. Inicia assim aquele singular conúbio, em meio a ardentíssimos arrebatamentos místicos e ocupações práticas do dia-a-dia, que dela fazem a santa do bom senso, uma contemplativa imersa na realidade. Ela possui a chave para entrar no Castelo interior da alma, cuja porta de ingresso é a oração, mas ao mesmo tempo sabe tratar egregiamente de matérias econômicas. Teresa, diz ela argutamente, sem a graça de Deus é uma pobre mulher; com a graça de Deus, uma força; com a graça de Deus e muito dinheiro, uma potência. Viaja pela Espanha de alto a baixo (era chamada a freira viajante) para erigir novos conventos reformados e revela-se uma hábil organizadora.
Escreve a história da própria vida, um livro de confissões extraordinariamente sinceras: Como me mandaram escrever o meu modo de fazer oração e as graças que o Senhor me fez, eu queria que me tivessem concedido o poder de contar minuciosamente e com clareza os meus grandes pecados. Morre pronunciando as palavras: Sou filha da Igreja. Em 1970, Paulo VI proclamou-a doutora da Igreja.
Fonte- http://diocesedecolatina.org.br/